Sempre há um momento em que o poeta vence o cronista e o escritor. Neste momento peço emprestado a Rabindranath Tagore um dos seus poemas que reze quase que diáriamente com respeito e devoção:
SENHOR,
quando eu deixar o leme, será o momento de o tomares em tuas mãos. E acontecerá, ao natural, o que tiver de ser feito. Como é vã a minha luta!
Aceita silencioso a tua derrota, meu coração! E vê quanto é abençoada a tua sorte, permanecendo tranqüilo onde estás.
Minhas lâmpadas se apagam ao mais leve sopro do vento. Descuido-me de tudo o mais, somente para acendê-las outra vez.
Daqui em diante serei mais sensato. Estendo minha esteira no chão, esperarei no escuro. E quando quiseres, SENHOR, aproxima-te sem ruído e toma TEU LUGAR!!
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